sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O SHOW NÃO PODE CONTINUAR

É Ansumane Mané que é abatido. É Veríssimo Correia Seabra que conhece o mesmo fim. É Tagme Na Wai escolhido, ao que parece, pelos "vencedores" para Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, perante a inexistência do Presidente da República Henrique Rosa. É Nino Vieira que regressa, à força e "em grande" à casa. É Tagme Na Wai morto. O Presidente Nino Vieira esquartejado. O candidato à Presidência da República Baciro Dabo e o deputado Helder Proença abatidos. O Presidente do Tribunal de Contas, Francisco Fadul, espancado. O Primeiro Ministro, Carlos Gomes Júnior, chama o Bubu Na Tchuto, no Fórum da RTP-África, de desertor e ameaça-o com a prisão  assim que abandonasse as intalações das Nações Unidas. O Vice-Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, António Indjai, alia-se a Bubu Na Tchuto e correm com o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, Zamora Induta, que fica, pouco depois, preso no quartel de Mansoa. O Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior é preso durante algumas horas ou nem tanto, e ameaçado de morte por António Indjai, caso a população saísse em massa à rua em seu apoio. O Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, elogia António Indjai pelo seu passado. É António Indjai nomeado Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas. E Bubu Na Tchuto, Chefe de Estado Maior da Armada.
E agora é o António Indjai que se protege e defende o Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior da investida de Bubu Na Tchuto???!!! Isto, poucos dias depois de ter ameaçado abandonar o "barco" e ir ficar em casa, caso a comunidade regional enviasse uma força de dissuasão.
Alguém entende isto???!!!
O estado do Palácio Presidencial, fruto da guerra de 7 de Junho


Casos e mais casos.
Quanto à responsabilização, vou ali e já venho. Promover é mais fácil e não comporta riscos.
O presente caso, CASO 26 DE DEZEMBRO, chame-mo-lo assim, reprova pela enésima vez a ideia (algo  naif, a meu ver; e proveitosa para os prevaricadores) de que os PROVISORIAMENTE poderosos guineenses são capazes de co-existirem pacificamente sem uma força regional ou internacional a monitorizá-los de perto.
O poder político, para lá do dever de dar o exemplo, portando-se como deve ser, tem de ter coragem (por exemplo, não nomear com base no medo) e capacidade de resolver o problema democraticamente quanto antes. Porque THE SHOW MUST END NOW. Já não é sem tempo. Não há desculpas (do tipo bu sibi...). Nada disso.

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