terça-feira, 25 de agosto de 2015

A DITADURA DE JOMAV COMEÇOU

ontem, segunda, 24 de Agosto, deu-se o "pontapé de saída" da Ditadura de JOMAV com a demissão dos Directores-Gerais da Televisão Nacional (TGB) e da Rádio Difusão Nacional (RDN) e consequente nomeação de novos responsáveis. Um procedimento, de resto, ilegal, uma vez que ainda não há Governo quanto mais Conselho de Ministros para alicerçar as demissões e as nomeações. As demissões explicam-se pela transmissão em directo que os referidos órgãos de comunicação social públicos fizeram do debate de urgente da Assembleia Nacional popular (ANP), dedicado a examinar o teor do panfleto que prenunciava a queda iminente do Governo de Domingos Simões Pereira. Desnecessário se torna dizer que o Presidente Jomav não gostou nada do exercício dos deputados, muito menos da transmissão. Vai daí, rua com os directores. Quanto às nomeações, foi-se buscar "pessoas de confiança" para amordaçar os jornalistas e banalizar o ofício. Há que resistir, colegas! A custa das demissões e nomeações, a sessão extraordinária de ontem da ANP, destinada a analisar a nomeação e o empossamento recorde do novo Primeiro Ministro, teve de ser transmitida por uma rádio privada, no caso, a Rádio Bombolom. A propósito, a Rádio Bombolom está de parabéns. Como estão de parabéns a ANP, pelo amor à Guiné, e Muniro Conté, pelo bom trabalho que vinha desenvolvendo à testa da RDN.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

JOMAV E BACIRO, RUA

OXALÁ A ASSEMBLÉIA NACIONAL POPULAR (ANP) CONTINUE COESA E DEFENSORA DOS INTERESSES DA GUINÉ-BISSAU, COMO TEM SIDO DURANTE ESTA LEGISLATURA, E DERRUBE, SEM DEMORAS, O GOVERNO DE BACIRO DJÁ,POR VIA DE UMA MOÇÃO DE CENSURA, E O PRESIDENTE JOMAV, ATRAVÉS DE UM PATRIÓTICO "IMPEACHMENT".

A MÃO NA MASSA

OS DONOS DO "TCHÃO" VENDEM-NOS A "MÃO NA LAMA". ESFREGAM AS SUAS DE CONTENTES. POUPAM-NAS ATÉ, DE TÃO FRÁGEIS QUE SÃO. VÊM AÍ OS EURODÓLARES DA MESA REDONDA. QUEM MELHOR PARA OS RECEBER E GERIR?! DE MÃOS A ABANAR, A VER NAVIOS ACABARÃO.

BACIRO DJÁ, PRIMEIRO MINISTRO???

Baciro???Djá???, Primeiro Ministro??? Era só o que nos faltava! Francamente! É mau de mais para ser verdade. A falta de sentido de equilíbrio e de Estado tomaram conta da Guiné. Que dor! Que revolta! Mas o melhor mesmo é rir e acreditar que um dia esta brincadeira de muito mau gosto vai passar como tantas outras.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

VAMOS DESPERDIÇAR "O CAPITAL DSP" ASSIM?

Ao “correr” com o Primeiro Ministro Domingos Simões Pereira (DSP) com base em argumentos que não colam por não resistirem ao crivo de uma análise profunda e crítica, o Presidente da República, José Mário Vaz (JOMAV), incorreu num erro a que podemos chamar “O NOSSO PECADO ORIGINAL”, o assassínio de Amílcar Lopes Cabral, ou seja, o afastamento dos melhores.Com efeito, desde que o General João Bernardo Vieira (Nino) abriu o livro dos golpes (Cabral sonhava com uma Guiné livre de golpes de Estado) e “chutou” o saudoso Presidente Luís Cabral para o exílio, o país ficou praticamente em estado de coma, só voltando à vida de tempos a tempos, mas por pouco tempo. A ganância, a megalomania e a falta de escrúpulos assim obrigam. Basta ver quem é alguém na Guiné. Só conta mesmo “O TER”; “O SER” fica para os “moles”, “tolos” e “cobardes”(em suma: os que não têm “barquê” – bênção - , para usar um termo étnico). O Executivo de DSP estava a ir-se bem e tinha a confiança tanto do único dono do poder, o Povo, como da comunidade internacional. Pelos vistos, só não tinha a do Presidente JOMAV (como se o nosso regime político fosse presidencialista!). Numa palavra: o povo estava satisfeito com o Governo. O Presidente, pelo contrário, não. E quem melhor sabe se os interesses do povo estão a ser satisfeitos do que o próprio povo?! Até porque “o povo não é burro” (cantou Zé Manel). Respeite-se o povo e a sua vontade! E por uma questão de “quebra de confiança mútua” (nunca ouvi o Primeiro Ministro DSP a dizer que perdeu confiança no Presidente), o Presidente JOMAV dá-se ao luxo de deitar fora um capital tão precioso que é o Domingos Simões Pereira?! Um homem do mundo (fundamental, nos tempos que correm), competente, bem-falante, convincente, todo sorrisos, jovem, proactivo e com vontade de deixar obra (quem não se lembra da sua divisa “tirem fotografias para depois compararem no fim do mandato”?!)! Custa a crer. Mas é assim, a nossa Guiné. O Presidente JOMAV não terá uma agenda escondida contra os interesses do povo?! A ver, vamos.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

EM QUE ANO VOLTAREMOS A TER ESTABILIDADE?

O Presidente da República João Mário Vaz (JOMAV) lançou, como era previsto, a temível “bomba”, reduzindo a cinzas o Governo de Domingos Simões Pereira (DSP). Ao preferir o acessório ao essencial, o caos à estabilidade, o Presidente JOMAV mergulha o país numa crise de todo inaceitável (nós que ainda mal saímos da última, resultante do Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012). Desrespeitando assim, um dos fundamentos da sua candidatura, a estabilidade governativa (custasse o que custasse). Mentindo assim, aos guineenses que confiaram nele e lhe deram o seu precioso voto. Falo por mim: só votei nele, mesmo no último instante, em desfavor do candidato Paulo Gomes, por temer as consequências de uma eventual vitória de Nuno Gomes Nabiam. Ironia das ironias, não escapei. Afinal de contas, JOMAV andava, como se costuma dizer em sentido figurado, disfarçado de cordeiro. Os factos falam por si. Contudo, “não se pode enganar a toda a gente e a todo o tempo” (Aristóteles). Um homem assim, que não respeita a sua própria palavra sagrada, inflexível , não merece ser Presidente da República. Honestamente falando, não se pode dizer que o Governo era o máximo. Eu próprio insurgi, nos meus escritos, contra a postura do Primeiro Ministro e do PAIGC relativamente aos membros do Executivo a contas com a justiça (agora começo a desconfiar: não haverá aí mão oculta da Presidência nisso tudo?!). Se o Governo não era um exemplo de boa governança, como diz o Presidente (“peculato, nepotismo, Job for the boys…”, tudo palavras suas), o parecido não se poderá dizer do governo da Presidência da República? Por exemplo, não haverá aí “Job for the friends” e outras coisas mais? Onde é que já se viu um conselheiro presidencial a dizer na rádio que o Primeiro Ministro devia apresentar a sua demissão?! “Que boltia, boltia e ka messinho de kamba mar” (andar às voltas não é solução para atravessar o mar)?!... E não ser logo demitido. Os interesses supremos da Guiné voltaram a ser gravemente espezinhados, imagine-se, por quem mais os devia proteger, o Presidente da República. Uma vez que o Presidente JOMAV não consegue coabitar nem com o Primeiro Ministro exonerado nem com o Presidente da Assembléia Nacional Popular (a ANP está de parabéns), nem com a maioria do povo, julgo eu, que dissolva logo a ANP e convoque eleições gerais e escusemos de perder mais tempo com questiúnculas (resta saber onde desencantar o dinheiro). E o povo, tão sábio que é, saberá, como sempre, dizer de sua justiça. Que a Comunidade Internacional continue com a Guiné! E saiba, se é que não sabe, que não merecemos o Presidente que temos.

sábado, 8 de agosto de 2015

JOMAV QUE SE DEMITA

Ontem estive na Praça dos Heróis Nacionais para exigir a manutenção do Governo, ainda que profundamento remodelado, e aconselhar o Presidente da República a deixar o poder,já que se revela altamente impreparado para conduzir o país, rumo à estabilidade tão desejada por todos que realmente amam a Guiné. A haver crise (porque ainda não a há), só poderá ser provocada pelo Presidente,logo o garante da estabilidade, por via do anunciado golpe palaciano. Quem diria! Onde está a dupla de sonho do PAIGC contra o subdesenvolvimente,a fome, a corrupção, a desesperança, a menorização do ser guineense?! Como o Presidente da República foi "despido na rua" pelos deputados na última sessão da Assembléia Nacional Popular! Um grande motivo, sem dúvida, para se ir embora e deixar o país em paz de uma vez por todas.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

CONVERSAS DE TÁXI

Falava ao telemóvel quando fez sinal para que o táxi parasse. O gesto foi acompanhado do destino "Santa Luzia" e lá continou a falar despreocupadamente com o seu interlocutor distante, obrigando o taxista a baixar a música, obrigando os outros ocupantes do táxi a "levar com a conversa". - Disseste que moravas onde? Na entrada do falecido "Pé de Mango", em Quelelé? Sei onde é. - Em que circunstâncias te dei o meu número de telemóvel? Ou foi outra pessoa que to deu? - questiona desconfiada. E lá se desdobrou em explicações o seu amigo. Porém, não pareceu nada convencida,aliás, como logo se verá. - Querias ver-me?! Infelizmente, estou em Canchungo neste momento - mente com todos os dentes. - O quê?! Ouviste-me dizer Santa Luzia quando apanhava o táxi?! Só podes ter ouvido mal. Estou em Canchungo, garanto-te. Quando voltar a Bissau ligo-te a avisar. De repente, cessa a conversa ou por falta de rede ou por outro motivo qualquer. Daí a pouco, o telemóvel volta a tocar. Era o amigo. Então foi a confusão total. - Quem foi que ligou quem?! Não me voltes a chatear mais! Tá? - Desliga-lhe o telefone mesmo "na cara", como gostam de fazer as miúdas que se armam em difíceis. O silêncio toma conta do carro. Daí a instantes apeava-se junta à entrada da estrada de Pluba. Era uma rapariga de altura "normal", isto é, nem alta, nem baixa, mais para gorda; vestida "à muçulmana"(camisa à-vontade e comprida, e um pano atado à cintura, que se prolonga até aos tornozelos, feitos de "legós", "basan", "Waxi"..., tudo feito de panos africanos). Se era gira?! Lá saberá o seu amigo.