terça-feira, 4 de junho de 2013

SOBRE O LANÇAMENTO DO LIVRO "DOIS TIROS E UMA GARGALHADA"

O Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense, "o palácio da cultura guineense",devido ao dinamismo do seu novo Director, mais parecia um ovo, tal era o público, ao servir de palco ao lançamento do livro "Dois Tiros E Uma Gargalhada" de Abdulai Sila, editado pela "Ku Si Mon", sustentada por mãos voluntárias.
Coube à escritora Maria Odete Semedo, ex-Ministra da Saúde e da Educação, a honra de apresentar o livro. Mas antes houve teatro e do melhor, com os Fidalgos (que encenaram sobre os maus da fita de sempre, os militares, e a sua malevolência) e o cada vez incontornável Barudju (que desta feita tratou de negociar "curo"- pastas ministeriais, leia-se - com um tipo duro de roer. E lá conseguiu levar a sua avante, esperando tramá-lo logo na primeira oportunidade).
Sobre o livro, Laura Cavalcante Padilha, Professora Emérita de Literatura da Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil, escreveu:
" em Dois Tiros E Uma Gargalhada" encena-se a sabedoria dos "homes grandes", principalmente a dos mais velhos, que, por sê-lo, carregam consigo conhecimento milenar e práticas que vão além do real empírico.Por essa razão, eles têm a força de disseminar os seus conhecimentos, terminando por estabelecer uma ordem simbólica que parecia e ainda parece perdida".

Quanto ao autor da obra, agradeceu a numerosa audiência, sobretudo, por ter vindo sem ter sido convidada formalmente. Cumulou de elogios o novo Director do Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense.  À Francisca Pereira, Combatente da Liberdade da Pátria, lançou um repto: que escrevesse a sua biografia. Pois, no seu entender, temos o dever de contar a nossa história, preservando, assim, a memória colectiva.
Um grito de revolta emergiu de si quando falou dos familiares presentes que nunca leram um livro na vida: "um dos grandes males do colonialismo foi ter deixado de fora do sistema do ensino muita gente".
E no que a sua escrita dizia respeito, preferiu, a exemplo do seu poeta preferido, Aimé Césaire, que a sua "poesia" falasse por si.

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