quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

SABE BEM OUVIR HELDER VAZ

Sou capaz de escutar Helder Vaz horas a fio sem me enfastiar. A boa dicção, o domínio do português (e já agora, do crioulo também), a proverbial coragem de pôr o dedo na ferida, a alta competência então empolgam até os mais insensíveis dos ouvintes. Voltei a experimentar ontem, 25 de Fevereiro, essa dulcíssima sensação quando o ouvi pela rádio logo depois de ter depositado no Supremo Tribunal de justiça (STJ) a sua candidatura à Presidência da República. Falou em tornar a Guiné numa Suíça africana e no terceiro maior produtor de petróleo depois da Nigéria e Angola (teremos assim tanto petróleo?! Oxalá que sim!). Mostrou, como se um ovo de Colombo se tratasse, quão fácil será desenvolver o país dentro de poucos anos, se se usar a inteligência e o coração. Puxando dos galões, que os longos anos de duras batalhas políticas lhe conferem, recordou aos mais distraídos as suas vantagens competitivas: conhecimento profundo do país e dos conterrâneos; amor à "camisola" Guiné; coragem, muita coragem demonstrada em tempos de ditadura, sendo assim, um dos pais fundadores da democracia guineense... Falou também da refundação do Estado, da refundação das forças armadas, que da FARP (Forças Armadas Revolucionárias do Povo) passariam à forças republicanas... É caso para se dizer, desta vez, os guineenses podem queixar-se de tudo menos de candidatos à altura para ocupar as cadeiras do Primeiro Ministro e do Presidente.

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