terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O PAIGC ESTÁ DE PARABÉNS

O VIIIº Congresso Ordinário do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) conseguiu materializar, com assinalável sucesso, seguramente o mais difícil congresso de sempre da sua história. Até porque se previa que o partido libertador saísse de Cacheu feito em cacos. A desunião que reinava na família paigcista fazia prever o pior. As "Primárias" - fortemente condicionadas pelo anteprojecto para a revisão do Estatuto, da iniciativa da "Plataforma para a Coesão e Unidade do Partido", liderada pelos veteranos -  não podiam ter corrido pior. Em Gabu, os veteranos e o seu líder, Carlos Correia, foram atacados duramente. Em Bafatá, os ataques não foram menos violentos e faltou pouco para que socos e pontapés cantassem em altos berros. Em Canchungo, alguns militantes falaram grosso, ainda que mais suaves que os supracitados.
A 20 de Janeiro, Dia dos Heróis Nacionais, o Presidente em Exercício, Manuel Saturnino Costa, foi taxativo: « o PAIGC não é um partido qualquer, como os que têm sede no telemóvel.  É o partido libertador.  Não pode realizar o congresso e voltar em frangalhos». 
O congresso foi uma realidade, ainda bem. O "novo estatuto" chumbado, ainda melhor. E cereja em cima do bolo, Domingos Simões Pereira eleito presidente do partido e futuro primeiro ministro, abraçado e felicitado pelos adversários.

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